segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

DESAFIO DA SEMANA - Carta aos Efésios

Efésios (Ef)
Autor:
Paulo
Data: Cerca de 60—61 dC

Antecedentes
Éfeso era um importante porto da Ásia Menor, localizado perto da atual Izmir. Tratava-se de uma das sete igrejas a quem Jesus endereçou suas cartas em Ap 2-3, um fato relevante para estudar esta epístola, uma vez que ela circulou originalmente para quase o mesmo grupo de igrejas.
Embora Paulo já tivesse estado em Éfeso antes (At 18.21), ele foi ministrar lá pela primeira vez no inverno de 55 dC. Lá ele ministrou por dois anos inteiros (At 19.8-10), desenvolvendo um relacionamento tão profundo com os efésios que sua mensagem de despedida a eles é uma das passagens mais emocionantes da Bíblia (At 20.17-38).

Ocasião e Data
Enquanto estava preso em Roma, Paulo escreveu Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Confinado e aguardando julgamento (3.1; 4.1; 6.20), o apóstolo escreve esta carta encíclica— para se lida por várias congregações. Efésios e, provavelmente, a mesma carta mencionada em Cl 4.16 como estando presente em Laodicéia ao mesmo tempo em que circulava.

Conteúdo
A mensagem pulsante de Efésios é “para louvor de sua (Cristo) glória” (1.6,12,14). A palavra glória ocorre oito vezes e refere-se à grande excelência de Deus, sua sabedoria e seu poder. O objetivo magnífico está na publicação do compromisso de Jesus de construir uma igreja gloriosa, madura e de um ministério “sem mácula, nem ruga” (5.27).
Efésios revela o processo pelo qual Deus está trazendo a igreja para seu objetivo destinado em Cristo. Os passos básicos de amadurecimento são dados na direção do compromisso da igreja de lutar conta os poderes do mal: 1) antes da igreja ir para a guerra, ela deve andar; e 2) antes de andar, a igreja aprende onde ela está.
a carta divide-se em duas seções: 1) a oposição do crente, caps 1-3 e 2) a prática do crente caps. 4-6.

Cristo Revelado
Ef foi chamado de “Os Alpes do NT”, “O grande Cânon da Escritura” e “O ápice real das Epístolas”, não somente por seu grande tema, mas devido à majestade do Cristo revelado aqui. Cap. 1: Ele é o redentor (1.7), aquele em quem e por quem a história será definitivamente consumida (1.10); e ele é o Senhor ressuscitado que não apenas ressuscitou dos mortos e do inferno, mas que reina como Rei, derramando sua vida através de seu corpo, a igreja— a expressão atual dele mesmo na Terra (1.15-23). Cap. 2: Ele é o pacificador que reconciliou o homem com Deus e que também torna possível a reconciliação entre os homens (2.11-18); e ele é a “principal pedra da esquina” do novo templo, que consiste de seu próprio povo sendo habitado pelo próprio Deus (2.19-22). Cap. 3: Ele é o tesouro em que são encontradas as riquezas inescrutáveis da vida (3.8); e ele é o que habita nos corações humanos, garantindo-nos o amor de Deus (3.17-19); e ele é o vencedor que acabou com a capacidade do inferno de manter a humanidade cativa (4.8-19). Cap. 5: Ele é o marido modelo, dando-se sem egoísmo para realçar sua noiva— sua igreja (5.25-27, 32). Cap.6: Ele é o Senhor, poderoso na batalha, o recurso de força para seu povo enquanto eles se armam para a batalha espiritual (6.10).

O Espírito Santo em Ação
Como com Cristo, o ES é revelado em um ministério bastante amplo e através do crente. Em 1.13, ele é o selador, autorizando o crente a representar Cristo; em 1.17 e 3.5, ele é o revelador, iluminando o coração para aprender o propósito de Deus; em 3.16, ele é o doador, a quem Cristo dá força; em 4.3, ele é o Espírito da unidade, desejando sustentar a ligação de paz no corpo de Cristo; em 4.30, ele é o Espírito de santidade, que pode se entristecer por insistência de ocupações carnais; em 5.18, ele é a fonte através da qual todos deve ser continuamente cheios; em 6.17-18. Ele é que dá a Palavra como espada para uma batalha e o assistente celeste que nos foi concedido para nos ajudar a orar e a intervir até que obtenhamos a vitória.

Esboço de Efésios

Saudação de abertura 1.1-2
I. A posição do crente em Cristo 1.3-14

Bênçãos de total redenção 1.3-8
Parceria no propósito de Deus 1.9-14

II. A oração do apóstolo por discernimento 1.15-23

Para corações que vêem com esperança 1.15-23
Para a experiência que compartilha da vitória de Cristo 1.19-21
A igreja: o copo de Cristo 1.22-23

III. O passado, presente e futuro do crente 2.1-22

A ordem passada dos mortos que vivem 2.1-3
A nova ordem da vida amorosa de Deus 2.4-10
A antiga separação e falta de esperança 2.11-12
A nova união e paz atual 2.13-18
A Igreja: Edifício de Cristo 2.19-22

IV. O ministério e mensagem do apóstolo 3.1-13

O ministério concedido a Paulo 3.1-7
O ministério que é dado a cada crente 3.8-13

V. A oração de poder do Apóstolo 3.14-21

Por força através do ES 3.14-16
Por fé e amor através da habitação de Cristo 3.17-19
A igreja e glória de Deus 3.20-21

VI. A responsabilidade do crente 4.1-16

Para alcançar a unidade com diligência 4.1-6
Para aceitar a graça e dons com humildade 4.7-11
Para crescer no ministério como parte do corpo 4.12-16

VII. O chamado do crente para a pureza 4.17-5.14

Ao recusar a falta de inclinação mundana 4.17-19
Ao tirar o velho e colocar o novo 4.20-32
Ao Brilhar como filhos da luz 5.8-14

VIII. A vocação do crente para a vida cheia do Espírito 5.15-6.9

Buscar a vontade e sabedoria de Deus 5.15-17
Manter a plenitude do Espírito através de louvor e humildade 5.18-21
Conduzir todos os relacionamentos de acordo com a ordem de Deus 5.22-6.9

IX. A vocação do crente para a batalha espiritual 6.10-20

A realidade da batalha invisível 6.10-12
Armadura para o guerreiro 6.13-17
A Ação envolvida na batalha 6.18-20

Observações finais 6.21-24


Fonte: Bíblia Plenitude


Quer ler aqui no PC mesmo:

http://www.wbtc.com/downloads/bible_downloads/Br_Portuguese/Br_Portuguese_Bible_49)_Ephesians.pdf

Retirado de Vivos - O Site da Fé Cristã

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Consumo x Consumismo: o que a Bíblia diz a respeito?

"Então disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão do céu; e sairá o povo e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu prove se anda em minha lei ou não (...) Isto é o que o Senhor ordenou: Colhei dele cada um conforme o que puder comer, um gômer para cada cabeça, segundo o número de pessoas; cada um tomará para os que se acharem na sua tenda" (Ex 16: 4 e 16).

Vivemos a era do instantâneo, do digital, do Marketing sedutor, da globalização, da Tecnologia (novo nome da antiga Ciência) e do descartável. As coisas são feitas para durar pouco, até para que possamos ter a oportunidade de trocá-las quando nos cansarmos delas. Ou seja, ao nosso bel-prazer.

Propagandas criativas pipocam diante de nossos olhos, sejam na Tv, Outdoors, revistas, jornais e até em muros. Tudo isso para que nós pensemos 24 h sobre o produto e cheguemos à conclusão de que não podemos viver sem eles.

Há algumas declarações da Palavra de Deus que fazemos questão de cumprir: "Os céus são os céus do Senhor, mas a terra deu-a ele aos filhos dos homens" (Sl 115: 16). Se o próprio Deus deu toda a terra para mim, porque não usufruir ao máximo dela?

Outras declarações já não nos parecem tão interessantes, como: "Mas buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas" (Mt 6: 33).

Deus nunca foi contra os seus filhos possuírem boas coisas. Sua Palavra está cheia de promessas nesse sentido. Jesus Cristo disse: "Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem" (Mt 7: 11) . É de Sua vontade que todos os seus filhos sejam prósperos, mas não cobiçosos!

Muitos confundem os conceitos de consumo e consumismo, pelo fato de uma palavra derivar da outra. Mas ambas não possuem o mesmo significado. Consumo é quando faço uso daquilo que é necessário para a minha sobrevivência, sem faltar, nem sobrar. Consumismo é quando adquiro além do que é necessário para a minha vida, muitas vezes de maneira desenfreada e por impulso; em geral o produto é logo descartado quando satisfeito o desejo inicial da posse.

Quando Deus enviou o Maná no deserto, Ele deixou regras para que fossem cumpridas pelos filhos de Israel. Não se poderia colher o pão de qualquer maneira e na quantidade que quisessem. Deveriam ser colhidos o necessário para cada dia e pelo número de moradores de cada tenda. Nem mais, nem menos.

Jesus Cristo quando ensinava a parábola do rico insensato advertiu aos ouvintes:

"E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui" (Lc 12: 15).

Os homens estão medindo uns aos outros pelo que tem, não pelo que são. Ao invés da frase "penso, logo existo", é "tenho, logo existo". Há uma inversão de valores em nossa sociedade; mas, muitas das vezes, tem chegado esse pensamento às nossas igrejas, onde podemos perceber "Mauricinhos" e "Patricinhas" desfilando a última tendência da moda, adquirida numa loja de grife ou portando um novo celular de última geração. Confunde-se consumismo com prosperidade.

A concupiscência dos olhos (desejo desenfreado) tem sido a causa do consumismo que cresce a cada dia. O mundo oferece tantas coisas aprazíveis e interessantes, que fica difícil resistir ao impulso da compra.

"Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre" (1 Jo 2: 16 e 17).

É necessário submeter-se ao domínio do Espírito Santo para não ser dominado pelo espírito do consumismo, que, infelizmente, tem seduzido muitos filhos de Deus, levando-os ao acúmulo de dívidas. Alguns acabam até culpando a Deus, acusando-O de não cumprir Suas promessas em suas vidas, já que são dizimistas e ofertantes.

Não há planejamento que resista a compras desnecessárias, por impulso; apenas porque estavam em liquidação. Ou nos tornamos consumidores conscientes e responsáveis, ou iremos a "bancarrota".

Os filhos de Deus precisam "andar pelo Espírito, e não haverão de cumprir a cobiça da carne" (Gl 5:16). Também se faz necessário buscar todo o Fruto do Espírito, incluindo o domínio Próprio (Gl 5: 23).

Uma das qualificações mais necessárias aos filhos de Deus nesses últimos tempos é a sabedoria. Busca-se com afinco o conhecimento humano, o que é louvável, mas este não é suficiente para enfrentarmos as lutas cotidianas, tanto no campo natural, quanto no espiritual. Assim diz Ec 8: 5:

"Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o modo".

Em Tiago 1: 5, lemos: "E, se alguém tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente". Se não fosse necessária não constaria na Bíblia. Tudo de que precisamos está contido Nela.

Quem tem sabedoria é diligente; faz as coisas de maneira bem ordenada, planejada. Assim, obtém sucesso em seus projetos, lucra, prospera, tem para repartir. Sua vida torna-se um bom testemunho para o Reino de Deus, e Ele o exalta:

"Viste um homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não será posto perante os de baixa sorte" (Pv 22: 29).

Mônica Valentim

Pedagoga, com expecialização em Orientação Educacional e Profissional; pós- graduada em Psicomotricidade. Possui especialização em Modificabilidade Cognitiva PEI- Nível I, Jerusalém, Israel. Bacharelanda em Teologia.

Retirado de guiame.com.br

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Forever Alone - Parte 3

Forever Alone - Parte 3



























Nos dois posts anteriores vimos que a solidão é um assunto explorado pela Bíblia, vimos que o Senhor Jesus está sempre conosco, principalmente em nossos momentos de solidão, aprendemos também que muitas vezes o maior problema com a terrível sensação de solidão não é a solidão em si, mas a idolatria que nos faz buscar erroneamente em outras pessoas (no singular ou no plural) a alegria que deveríamos buscar em Deus.


Eu havia planejado falar sobre a solidão causada pela justiça, mas isso vai ficar para um próximo post. Ao meditar e conversar com alguns amigos, resolvi falar sobre um outro aspecto da solidão, que, nessa série, não poderia passar em branco.


Pessoas difíceis.


Quase todo mundo já teve (ou já foi) um amigo difícil. Uma daquelas pessoas complicadas de se lidar, com opiniões muito fortes sobre absolutamente tudo, ou nutrindo uma paixão infinita por sua própria personalidade. Lembro de uma época em que me apelidaram "senhor Tenho-Uma-Opinião-Sobre-Tudo" e também de uma conversa com um amigo em que, após"vencer um argumento" e gerar um silêncio de alguns segundos, eu pude ouvir (para nunca mais esquecer) que "é muito chato conversar com quem sempre tem razão". E, bem, às vezes é mesmo.


Por que somos chatos?


É importante falar disso ANTES de falar sobre a solidão causada pela justiça no próximo post, porque é muito comum que as pessoas que são, por assim dizer, difíceis, geralmente alegam que são perseguidas, que os outros são injustos com elas e que a solidão que acontece em decorrência disso é igualmente injusta. Mas não é bem assim.


Quando eu e você resolvemos nos apegar fortemente às características difíceis de nossas personalidades, dizendo "se eu mudar isso, não sou mais eu", o que estamos dizendo na verdade é "é melhor que os outros se acostumem comigo e paguem o preço de me aturar do que eu ter que pagar o preço de mudar", e, quando pensamos assim, isso revela que estamos negligenciando alguns mandamentos.


Quem é melhor?


Não é (ou não deveria ser) uma questão de "quem está com a razão aqui?", mas de "como cristão, qual deve ser minha atitude?". E há algumas orientações bem claras na Bíblia, que devemos ler para nós mesmos, contra nós mesmos, não contra os outros.


Em Romanos 12, após o fundamento teológico mais sistematizado que encontramos na Bíblia (os primeiros 11 capítulos de Romanos), a orientação prática e direta que o apóstolo Paulo nos dá é: "Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros" (verso 10). Quando resolvemos que as outras pessoas é que precisam mudar para nos aceitar, não estamos "preferindo em honra" os outros, mas a nós mesmos. Estamos considerando, assim, que somos mais dignos de honra do que eles. Por isso acreditamos tolamente que não precisamos mudar. "Eles que me aceitem como eu sou". Não queremos pagar o preço da mudança.


O texto de Filipenses 2.3 nos orienta a "considerar, cada um, os outros superiores a si mesmo". Isso é o contrário do que o 'chato' faz. A pessoa chata acredita que ela é melhor que as outras e esquece que deve "amar uns aos outros como Cristo nos amou" (João 13.34) e só lembra que deve 'ser amada'. Assim, não desiste de suas manias, não abre mão de seus pontos de vista (eu não estou falando de concordar com heresias ou mentiras, estou falando de opiniões pessoais), não tenta largar seus vícios, sequer consegue perceber que está sendo inconveniente, e não percebe que isso é uma questão espiritual. Em outras palavras, quando uma pessoa chata fica só, essa solidão é resultado de seu pecado. A pessoa não quer sofrer o dano de mudar.


E agora eu desespero?


Se você se sentiu apontado ou apontada nesse post, você não está só. A Boa Nova é que o Senhor Jesus não veio para os sãos. Ele veio para os chatos. O Médico não tem nada para fazer quanto aos que gozam de perfeita saúde. Ele veio para morrer no lugar dos chatos, para que Deus nos receba como filhos. E o mesmo Jesus que morreu e ressuscitou para nos salvar, também opera em nós, por meio do Espírito Santo, a mudança que precisa acontecer. Somos convidados a nos arrependermos de nosso egoísmo e a desfrutarmos a companhia do Pai, do Filho e do Espírito Santo.


À medida que Deus nos transforma, ele também nos concede, por sua graça maravilhosa, uma família que nos faz companhia. A igreja é uma família que ainda está aprendendo, e que tem um monte de gente chata também. E quanto menos chatos (menos egoístas e mais arrependidos) nós formos, amaremos mais e dependeremos menos das pessoas, glorificaremos mais a Deus e seremos mais felizes. Não conseguimos sozinhos, mas não estamos sozinhos.